Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023 | Resumo: 660-1 | ||||
Resumo:A indústria têxtil é uma grande produtora de efluentes, os quais contêm substâncias tóxicas ao ambiente, trazendo diversas consequências para biodiversidade. Atualmente, técnicas físico-químicas são praticadas para a retirada desses compostos do rejeito industrial. Todavia, os processos de biorremediação vêm ganhando cada vez mais destaque por suas vantagens como baixo custo, não utilização de agentes tóxicos e simplicidade na condução. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo comparar o desempenho da biomassa viva e morta na descoloração do corante Azul de Metileno. A biomassa fúngica utilizada nos experimentos foi obtida através do crescimento do
Aspergillus ninger UCP 1317 em meio de cultura Sabouraud Dextrose Broth (SDB) durante 48 horas a 28ºC sob agitação 150 rpm. Para a análise da biomassa morta parte dos frascos com fungo crescido foram autoclavados a 121°C por 20 min. Posteriormente foi adicionado aos frascos 1ml do corante Azul de Metileno a uma concentração de 100 mg/L e agitados em shaker a 150 rpm à 28°C. Amostras de 2 ml foram coletadas num intervalo de tempo de 15 min durante 105 minutos para medir as taxas de absorbância.De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que as biomassas viva e morta foram capazes de descolorir respectivamente uma taxa de 71% e 44% do corante em 105 minutos. A biomassa viva apresentou um potencial maior de descoloração em longo prazo que a morta, possivelmente por ocorrer uma desnaturação das proteínas de membrana que interagem com o corante após a autoclavagem. Com isso, pode-se concluir que a biomassa fúngica produzida pelo Aspergillus ninger, demonstrou potencial de aplicação na biorremediação de áreas contaminadas pela indústria têxtil.
Palavras-chaves: Descoloração têxtil, Aspergillus niger, Corante, Biomassa.
Agência de Desenvolvimento: FASA Palavras-chave: Aspergillus niger, Biomassa, Corante, Descoloração têxtil Agência de fomento:FASA |